sexta-feira, julho 14, 2017

Vida Conjugal

Voltei a partilhar o meu espaço privado com uma namorada e em breves linhas vou partilhar a minha experiência.

Primeira coisa que o cérebro masculino não foi programado para fazer: reparar em cabelos de mulheres. Acho que noutra altura já aqui falei disto. Eu não consigo discernir o que são os cabelos das mulheres antes e sobretudo depois de terem estado durante duas horas no cabeleireiro. A minha namorada regressou de França e pouco tempo depois de estarmos juntos, fez a pergunta da praxe:

- Não notas nada de novo em mim?

Em resposta à minha mais que provável cara de palerma, ela disse:


- O meu cabelo...

Cabelo esse que parece estar mais curto do que estava. Tive foi a indecência de proclamar um, "Ah sim, está mais claro", ao que ela respondeu:

- Naaaaão, está mais escuro!

Segunda coisa que um gajo que é gajo não liga. Vestimenta feminina. A não ser que ela use lingerie com um cinto de ligas eu não vou notar coisa nenhuma. Pelos vistos a indumentária daquele dia também era nova... dos pés à cabeça.
Two strikes, ao terceiro estás fora.

Terceira e esta quiçá a mais complicada: pendurar roupa interior feminina no estendal é mais complicado do que jogar xadrez. E eu não sei jogar xadrez. Aquelas peças que têm formato triangular são dignas de pertencerem a um qualquer quebra-cabeças. Foi medicamente comprovado que é possível ter um esgotamento cerebral tentando saber qual o lado que fica para baixo e qual é o lado de dentro.

Eu, para já, safei-me. Possivelmente até um destes dias.

sexta-feira, fevereiro 28, 2014

A Saga do Trócleo-bicôndilo-meniscartrose

Muita coisa podia ser dita, muita coisa podia ser escrita... mas para quê escrever quando se pode ver e ouvir?

Tenho dropbox, mas nunca lhe liguei muito, confesso. Ontem, por razões que agora não vêm ao caso, descobri várias pérolas por lá perdidas. Uma delas deixarei aqui. Contém a participação das três personagens que costumavam "botar faladura" neste espaço. E mesmo sabendo que, entretanto, várias coisas amadureceram em nós os três, incluindo a palermice, há coisas que não mudaram.

Eu ainda mantenho cabelo, embora bem menos, o Leandro não mantém cabelo nenhum e o Fábio continua sem saber o que é barba.

Portanto, sem mais delongas cá vamos nós.
Aqui fica "A Saga do Trócleo-bicôndilo-meniscartrose".

Nota: Aconselha-se o visionamento do vídeo aqui colocado com moderação.

Obrigado,

A Gerência (ou parte dela).




quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Papa de Sarrabulho

Poucas vezes trouxe para aqui assuntos relacionados com religião, mas a resignação de Bento XVI leva-me a que puxe a conversa para a ordem.

Não é que anda por aí um possível candidato a Papa que defende a pena de morte para homossexuais? É pá, por muito bicha que seja o Castelo Branco, deixem lá o "homem" viver. Para além de contribuir para a gargalhada geral, em tempos de crise consegue-se com facilidade uma Drag Queen para o Carnaval de Rio Maior sem financiamento de indumentária! 


Mas certo será pensar que para um tal de Turkson, Renato Seabra não seria mais que um servo de Deus que foi atormentado pelo Mal, mas que viu a Luz ao fundo de uma garrafa de vinho... Depois de tirar a rolha!

Enfim, quem me conhece sabe que até sou uma pessoa algo conservadora em certos aspectos, mas "graças a Deus", a minha mente não ficou parada no séc XIV. Mas já que estamos numa de discriminação, chacota atenta aos Direitos Humanos. Eu cá acho que o sucessor de Bento XVI também não deve ser negro! (...)

sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Do Fundo do Báu Pt.III - Não dá Asas, não dá nada.

Do fundo do baú, rubrica de textos que nunca chegaram a ser. Fechados numa pen drive, ou pasta maliciosa qualquer, foram escritos e deixados esquecidos por aqui... porque sim!

Mas velho que o cagar este texto.. Moretto! Ainda é vivo? Red Bull? Brincar com uma bebida que pode ter estragado a carreira do Armstrong? Feio, muito feio. Isto deve ser dos primórdios do blog, uma relíquia portanto... não, uma merda!



Há semanas, durante a época de exames, apareceram-me duas moças na faculdade a distribuir aquela bebida que diz ser capaz de por o Moretto a parecer um guarda-redes de futebol, daqueles a sério. Exacto, Red Bull!

Nunca tinha provado tal bebida e percebi que aquele era um momento oportuno para experimentar. Estavam a oferecer meus caros... E num gesto altamente português, ou seja, tudo o que é grátis a malta come. Abri a lata e provei a aclamada bebida divina! Achando graça à primeira impressão, deixei ficar na mesa enquanto estudava. A rapariga que me oferecera disse que aumentava os níveis de concentração!
Voltei à carga pouco depois e disse, “isto é enjoativo!”… Mas continuei porque sou bom consumidor, e porque a rapariga que me oferecera disse que aumentava os níveis de concentração!

E pronto, este foi o meu primeiro contacto com Red Bull, e o último talvez, a menos que as meninas voltem aparecer! Sim, elas conseguem mesmo persuadir uma pessoa... Perfil comercial, é esse o termo técnico. Mas notar que a parte de aumentar os níveis de concentração é como o slogan, um mito. Meia hora depois de beber a lata parei de estudar! Mas não fiquei chateado pela rapariga me ter mentido quanto ao aumento dos meus níveis de concentração. O que eu queria mesmo era voar!

Um aparte, as gajas eram mesmo muito giras, disso eu lembro-me, outro aparte, experimentei Red Bull com Malibu, e aquilo cai que nem sumo. Não dá para voar, mas dá para outras coisas.

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Do Fundo do Baú Pt.II - Ídolos de Algibeira


Do fundo do baú, rubrica de textos que nunca chegaram a ser. Fechados numa pen drive, ou pasta maliciosa qualquer, foram escritos e deixados esquecidos por aqui... porque sim!

Texto sobre a edição mais controversa dos Ídolos. 2010? Afinal o Filipe Pinto lá ganhou, já tem um CD,  e nunca chegou aparecer na banda das manhãs da SIC! (acho eu) Tudo ao lado, portanto.

Tenho tomado atenção aos últimos desenvolvimentos do concurso que, de momento, muito se fala por este país fora, os Ídolos.

Confesso que este sempre foi um programa que só me suscitava interesse na sua primeira fase, quando tudo fazia crer que o espectador não estaria a ver um concurso de música, mas sim, um novo programa de humor, visto a quantidade de cromos que por lá apareciam, que como é óbvio, me proporcionaram grandes gargalhadas, ou então, alguns deles, momentos extremamente deprimentes. Um obrigado a eles!
Outra coisa que é sempre marcante neste concurso é o júri. A edição que decorre alberga nesse grupo: uma brasileira simpática, um gajo porreiro que é músico de jazz, um sabichão que é director de programas da SIC e um energúmeno já nosso conhecido.

O júri dos Ídolos sempre foi conhecido por ser arrogante, insensível, e outras coisas feias que não me apetece agora mencionar. No geral, esta edição nem esteve muito má nesse campo, muito por culpa da brasileira simpática e do gajo porreiro do jazz. Mas compreendo perfeitamente esta posição na fase de casting, pois é necessário ser um bocado duro para certas pessoas perceberem que, cantar não é propriamente a melhor “qualidade” que detêm… Ou seja, expressões como “não cantas puto!”, ou “vales zero!”… Merecem por completo o meu aplauso!

Pena os concorrentes nessas expressões visadas perderem-se em choros, em ofensas ao júri, e lá voltarem para suas terrinhas para cantar no karaoke, ou no banho, ou para a mãezinha que gosta muito do seu filhinho ou da sua filhinha, e não gosta do júri por que este destruiu o sonho de criança do seu menino(a), continuando assim a pensar que vão longe lá no quer que seja a nível musical!

Mas um dos momentos deste concurso, eu diria até, um momento fulcral para o que hoje se passa no programa, foi o casting do concorrente Filipe Pinto, que coitadinho, não queria continuar no programa, só queria a honesta opinião do júri, e para isso levantou-se cedinho e lá foi para a fila dos ídolos, porque coitadinho, só queria a opinião do júri… As pessoas quando se levantam cedo para irem para as filas do centro de emprego, também não vão à procura de trabalho, só vão lá ver se realmente o seu CV possui habilitações para trabalhar no quer que seja, “Eu não quero deixar aqui o meu nome, só quero saber se eu tenho habilitações para trabalhar”… Eu quando vou para fila de uma cantina e fico lá à espera, quando chego à frente também não quero comer, só quero ver se seria capaz de o fazer, e se for na cantina da minha faculdade chego à conclusão que não! Enfim…


Eu sinceramente, e não querendo duvidar da qualidade do rapaz, que é muita, penso que foi uma bela forma de captar atenção não só do público em geral, mas também de captar, especialmente, atenção redobrada do júri. E isto levou o rapaz a ter um tratamento diferente de todos os outros concorrentes, como se tem vindo a constatar não só desde o início do concurso, como gala após gala, falando-se já em “burburinho”, que este é o novo Ídolo de Portugal.

Não ficaríamos nada mal servidos, e sempre haveria uma cara nova na banda do programa da Fátima Lopes.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Do Fundo do Baú Pt.I - Festas em tons de Azul e Branco

Do fundo do baú, rubrica de textos que nunca chegaram a ser. Fechados numa pen drive, ou pasta maliciosa qualquer, foram escritos e deixados esquecidos por aqui... porque sim!

Texto sobre as festivades do Futebol Clube do Porto, devo tê-lo escrito lá para meados de Maio de 2011. Não me lembro!

 
Há muito tempo que ando para escrever este texto, e não foi preciso o Porto ganhar o campeonato, taça de Portugal, e liga Europa, para despontar isso mesmo, pois já acompanho esta epifania desde que me lembro de ver futebol. E não se trata de azia alguma. Para mal dos meus pecados, eu já vi este filme muitas vezes. O certo é que esta minha opinião vai muito para além do amor cêgo a um clube. Consegue alcançar algo bem mais grave e que deve ser visto como matéria para uma análise profunda acerca do comportamento do ser humano.

É especialmente degradante e lamentável toda a festa que envolva um triunfo do Futebol Clube do Porto. Primeiro, porque apesar de não ser anti-portista, as suas vitórias não me satisfazem minimamente. Segundo, porque alguns dos adeptos portistas que se movem nessas festividades sofrem de um comportamento estranho de nome, anti-benfiquismo, ódio ao Benfica em todo o seu esplendor!

Como toda a gente sabe, quando se fala de um “bom” portista, fala-se, naturalmente, de um bom anti-benfiquista. Ou melhor, não é bem assim. Só o portista que é besta, é anti-benfiquista! Ou seja, cerca de 60% dos seus adeptos, isto sendo um bocadinho meigo com esta coisa da estatística.

Mas o rasgo de criatividade com que estes fervorosos adeptos se manifestam nos seus festejos deixam-me boquiaberto. Ora, o FCPorto ganha uma taça e qual é o melhor cântico para entoar tal satisfação? “Alé Porto Alé”??? “O Porto é nosso”??? “Nós somos filhos do Dragão”?? Nah. Nada disso. Vamos lá cantar o… “Benfica é merda!”.

Há um cardapio fantástico de temas que alegram este clube, que contêm, não só, um potencial lírico magistral, mas também um enorme conteúdo ético e que apela directamente à cidadania. Temas como o já falado, “Benfica é merda!”, “Em cada lampião há um cabrão!”, ou então o famossímo “SLB SLB SLB Filhos da Puta SLB”, só relevam o tremendo amor que estes adeptos nutrem pelo “seu” clube de coração!

Mas se estes artistas da música saloia parassem um bocadinho para pensar (isto se fosse possível) constatariam que com isto só estão a dar importância algo que deveriam simplesmente ignorar. Ou seja, penso que andam com as ideias um tanto trocadas, e isto só faz de tais adeptos, pessoas... vá lá, estúpidas!

É certo que adeptos bestas, adeptos exageradamente fanáticos, adeptos com palas na cabeça, há em todos os clubes. Mas temos todos de confessar que grande parte da massa adepta que acompanha esta instituição, Futebol Clube do Porto, revê-se no escalão de adeptos acima citados... e é grave! Mas há cura, meus amigos, há cura! O primeiro passo passa por se assumir que se tem um problema. E esta é talvez a parte mais difícil desta equação. O resto vem por acrescímo.

Temo que com este texto venha a dar entrada no Hospital de S.João nos próximos dias. Espero que bem que não, até porque não me dava lá muito jeito, tenho coisas para fazer, mesmo que não pareça...

terça-feira, dezembro 04, 2012

Caprichos de meia idade


Quando queremos muita uma coisa, às vezes só temos mesmo que dizer que sim a nós próprios.

Cedi ao meu capricho pessoal de aprender a surfar.

Onde: Provavelmente numa das praias que ficam ao redor do local onde habito. Ou então, caso o nível médio das águas do planeta continue a aumentar, em Beja!

Com quem: Com alguém que tenha a paciência e a sabedoria de aturar mais um pateta armado em Kelly 
Slater.

Quando: Algures durante o ano de 2013 ou então, num espaço de tempo que poderá ir de 2014 a 2050, onde terei de desistir da ideia por causa do reumático.

Material necessário à prática do surf já adquirido por mim:

Prancha - Não
Fato - Não
Cera para a prancha - Não

Sigam o meu exemplo e digam sim a vocês mesmos. Um capricho realizado uma vez por outra não faz mal a ninguém!