Numa altura em que pilas e energúmenos fizeram as honras da ordem numa coluna de comentários há uns dias atrás, penso que este assunto aparece na altura propícia.
Acredito que este seja um conceito estranho para muita gente, talvez para o universo feminino, ou não... Mas eu já conheço esta expressão há muito tempo. Só não sei quem a inventou. Mas sei porque surgiu, e sei o uso que lhe dou.
Diz o povo que “tesão do mijo” é quando o senhor homem acorda com o seu órgão sexual erecto. (faz sentido) E ao contrário do que as pessoas possam pensar, não se resume ao facto do indivíduo visado ter acordado com uma vontade incomensurável de satisfazer os seus desejos mais íntimos logo pela manhã, mas por sua vez, contrair uma vontade enorme de urinar.
Mas esta é uma explicação que facilmente encontram pela Internet, no Yahoo Respostas, ou noutros sites onde qualquer pessoa se pode cultivar, como neste último…
O uso que lhe dou reflecte-se numa outra vertente, e tendo em consideração a premissa apresentada, até faz sentido todo este pensamento.
Vamos lá ver... Sempre que falo em “tesão do mijo”, falo de pessoas que mostram uma vontade enorme em fazer algo, mas que mais tarde, se formos a ver bem, as coisas acabam por sair totalmente ao contrário. E cada um de nós pode enumerar vários casos de pessoas chegadas que, em tempos, não tiveram mais do que uma simples “tesão do mijo” para fazer alguma coisa em específico. E essa mesma vontade lá se foi desvanecendo aos poucos até que seja preciso uma sessão de psicanálise para que, todo um processo anteriormente conversado e debatido, seja lembrado a essa mesma pessoa!
“Hei, e que tal fazermos uma banda? Começávamos aprender um instrumento. Eu, tu, o teu irmão e “aquele”?”
Um total coro de vontade e determinação!
Destes quatro, ficaram duas almas penadas que lá se foram devaneando num quarto isolado por uns tempos… Sendo que uma das “tesões” até tinha investido num bom material, salvo seja. Mas ainda há-de sair alguma coisa do duo que lá ficou, e não é “tesão do mijo”…
“Gostava… Adorava aprender a tocar guitarra!”
“Á sério?!”
“Sim, sim!”
“Então eu arranjo-te o programa X, foi assim que comecei… dou-te algumas dicas... bla bla bla!”
Há muita malta que ainda está para aprender um acorde, não que eu saiba muitos, mas pronto…
“É pá… Estudas no Porto? Que fixe. Então depois uma pessoa fala, marca uma jantarada ou vamos para os copos eheheh”
Mensagem, resposta ou conversação para o efeito? Nicles!
“Bora ao concerto X?”
“Claro, claro, vai ser altamente! Quero muito ir!”
Fui sozinho!
“Vamos fazer um blog em conjunto?”
“Ok, eu posso escrever o primeiro texto, depois escreves tu.”
"Yeah, vai ser altamente"
Só teve um texto o blog… e foi meu.
“Hei Soubast, que tal fazermos um projecto… Uma cena experimental, diferente… Que dizes?”
“Vamos lá então!”
Já deve estar com cotão tal ideia.
Como o real e belo significado induz, parece vontade de “coiso”, no entanto, é só mijo!
Há vários casos explícitos desta epidemia. Eu próprio confesso que sofro deste problema algumas vezes. Já estou para ir a uma noite académica a Coimbra desde o meu primeiro ano de faculdade e ainda não meti lá os pés. Mas exemplo crasso desta enfermidade foram mesmo os vários e incalculáveis “músicos” que se espalharam pelas diversas bandas de uma “Escolinha de Música” em Vale de Cambra… E desses efémeros amantes de música contam-se pelos os dedos aqueles que realmente quiseram passar para o nível seguinte. Houve muita tusa… e um imenso mar de mijo!
