O Carnaval em Mórmon

Fazendo justiça à época que todo mundo atravessou nos últimos dias, seria de facto incorrecto contornar tal festividade sem fazer nenhuma referência ao que se passou.

Ao contrário do que poderão pensar, não vou fazer nenhum texto estúpido apontar o dedo a questões inerentes ao Carnaval dizendo bajulices sem senso algum, nem vou estar a elaborar nada que goze com o conceito usado em Portugal durante a descrita altura do ano... Como vão perceber pelo trecho seguinte, até é algo que me passa por vezes ao lado, o Carnaval.

Confesso que esta nunca foi uma festividade da qual eu tivesse total interesse. Na verdade, desde os meus tempos de infância, raras foram as ocasiões carnavalescas em que me dignei a usar um disfarce, ou máscara… Este ano houve então uma excepção à regra nestas andanças da qual partilharei convosco de bom grado – é giro!

Conferindo então que a ideia que me foi apresentada para este Carnaval era boa. Um conceito que eu conhecia minimamente, e que por múltiplas razões achei de um júbilo incontornável! Sendo assim, o resultado do plano elaborado para o Carnaval de 2009 foi o seguinte:

Dois marmanjos armados em proclamadores da palavra Mórmon, sendo ambos, por pura coincidência, membros deste blog. (grandes ideias jorram os senhores desta casa)

Acho que devemos todos confessar a arte deste disfarce, que mesmo sendo constituído por indumentárias básicas, revela uma eficácia visual tremenda. Parecemos ou não parecemos “Elders” da Comunidade Mórmon? Ah pois… e também parecemos estúpidos, diga-se!

A verdade é que isto não passa de pura fantasia carnavalesca. Nunca na nossa vida poderíamos ser “elders” da comunidade mórmon. Não poderíamos fumar (não que me faça falta), beber álcool, beber chá (esquisito!) ou café… E eu sou uma pessoa que gosta muito de chá! E penso que o Fábio Espadaneira, rapaz esse que faz questão de ser meu amigo, também gosta.

Outra coisa que me faz confusão nesta religião é que os seus missionários, com idades compreendidas entre os 18 e 20 anos, não podem ouvir música nem ver televisão. Ora bem, quanto à televisão, se estivermos a falar da portuguesa, estamos de acordo. Agora não ouvir música?! Fogo, nem que fosse Pan Pipes! Mas agora, nada de nada?! Fico surpreso…

Mais…

Segundo uma reportagem de 2007 na RTP1, os mesmos missionários só podem telefonar aos pais 4 vezes e enviar um mail por semana durante dois anos, anos correspondentes à sua jornada missionária. Diz também que percorrem as cidades a pé… Bom, alto lá, isto eu posso garantir que é mentira! Já vi indivíduos da comunidade mórmon a entrar num autocarro em São João da Madeira e a sair na Arrifana, que não são mais que 20 minutos a pé a partir do centro da mesma cidade! Vá, os gajos não ouvem música, mas também não são burros de todo! Andar a pé, parecendo que não, cansa…

Não pensem no entanto que isto seja uma crítica à forma como esta comunidade religiosa vive. Obviamente há que respeitar os seus valores e ideologias. Mas também se fosse uma crítica não me estava a preocupar muito. Pessoas que usam a net uma vez por semana dificilmente encontrariam este post malicioso! Só não faz grande sentido que haja já tanta informação sobre a mesma comunidade na Internet, inclusive diários de missionários relatados em blogs…Aquilo do uso da Internet só deve ser mesmo restrito ao envio de mails. Se calhar até podem ver vídeos da Lenka no Youtube! Não sei, também não estou muito interessado aprofundar o meu conhecimento sobre esta religião.

Quanto ao disfarce em si também não nos podem acusar de ofensa religiosa. Se fosse nossa intenção fazer, estaríamos naquela foto com um tom de pele morena, barbas grandes ou um simples bigode farfalhudo, vestes brancas e com um cinto revestido de dinamite alojado na cintura! Como viram, até fomos meigos…

Saudações a vós e a Néfi.

Maya e a Mamostrologia

Só há poucos dias me chegou aos ouvidos que a conhecida relações públicas e taróloga portuguesa, Maya, foi sujeita a uma operação cirúrgica para aumentar o tamanho dos seus seios. Até já foi publicada uma entrevista dela sobre o assunto numa das revistas da futilidade portuguesa, ao qual eu já tive o privilégio de espreitar enquanto obrava, ajudando-me assim a juntar matéria para elaborar este meu comentário às maminhas da astrologia. Daí peço para não se admirarem caso este post em algum instante vos pareça uma autêntica merda!

Mamas à parte, uma das coisas que me saltou à vista na mesma entrevista foi a forma como a senhora Maya se apresentou na clínica. Bem vestida e maquilhada! Ou seja, acho que alguém de má fé avisou a Maya que a sua cirurgia aos peitos iria ter champanhe, croquetes e música ambiente durante o procedimento! Oh Maya, tu que até dizes uns disparates porreiros na televisão vais para uma cirurgia como quem vai para uma festa? Assim não, isso não funciona assim! É certo que estava lá pessoal a tirar fotografias, mas ninguém vai com tais preparos para uma cirurgia, seja ela de que tipo for...

“Então Gracinda, como achas que eu estou?”
“Ui, ao menos tinhas feito a barba, não?
Vais ser operado, não é como ir para o trabalho todos os dias!
…
E essa gravata? Não vais levar essa gravata, pois não? Usas sempre a mesma, possa! Seja em casamentos, baptizados, sempre a mesm…”
“Mas ò Gracinda é uma ocasião especial… Caramba, vou ser operado à próstata!”
“Ò homem, tu tens um cancro! Ouviste? C-A-N-C-R-O…Não é uma coisa qualquer! Toca lá a meter aquela gravata toda gira que te comprei ontem nos saldos!”
“Ok, tens razão…”
“Ah, e não te esqueças de levar o blazer!”

Por favor!

Mas pronto, pensando bem até foi melhor assim. Acho que Portugal não estaria preparado para ver a Maya sem maquilhagem!

Bom, quanto à cirurgia em si, sinceramente acho que a mulher nem precisava… mas ali, nos seios, pois como a imagem que se segue ilustra, há qualquer coisa que não bate certo na cara da Maya!

Das duas uma:

- A Maya é como o Pinóquio e tinha acabado de dizer uma mentira, algo que seria muito incómodo atendendo à sua profissão;

“Oh Maya, estou todo molhado!”
“Hei desculpa, não fui a tempo de meter a mão no nariz antes de espirrar!”

- Ou então aquilo é mesmo assim – feio;

Eu aposto na segunda.

P.S: Este post não é de forma alguma uma tentativa de defraudar a imagem desta senhora. Não seria necessário um palhaço qualquer escrever tal coisa para a mesma ser defraudada. E também porque, e caso não pareça, eu estimo muito a senhora, primeiro porque é do Benfica, segundo porque é das poucas pessoas no mundo com paciência e cabeça para ter uma conversa com o Claúdio Ramos! Só por esta segunda parte merece todo o respeito do mundo!

O Dia Desbaratado

Há uns tempos num dos textos cá colocado por um dos meus estimados colaboradores, colaborador esse que faz questão de ser meu amigo, falou-se de datas catalogadas no nosso calendário com algum tipo de mote e comemoração. É do conhecimento de todos que a 14 de Fevereiro celebra-se o Dia dos Enforcados, ups, Namorados… E está é uma data que me causa uma certa confusão.

A verdade é que todo o casal com motivações românticas um tanto extremistas festeja com pompa e circunstância o dia assinalado anteriormente. Compram-se prendas, vai-se jantar fora, a rapariga exige que se compre uma flor ao indiano, é uma alegria. Ou seja, se uma pessoa que namora for na onda desta festividade, temos mais um dia no ano que pode ficar com custos um pouco elevados para a carteira do pobre cidadão, neste caso, um cidadão enamorado! E a questão que coloco é a seguinte: Será mesmo necessário isto tudo? Festejar o dia dos namorados serve para quê exactamente? Para provar amores não é de certeza!

Eu para além de pensar que não serve para nada, partilho da opinião que serve mesmo para as pessoas que namoram, e para as pessoas que não namoram, lembrarem-se da situação em que se encontram! “É pá, oh Gracinda, a gente namora! Queres ir fazer o amor?”, ou na outra face da moeda, “É pá, oh Gracinda, a gente não namora! Mas queres fazer o amor à mesma?”... Ok, nem sempre a segunda situação se processa assim, deve haver gente que jogue um pouco à defesa e nem faça nada! Já viram a carga de trabalhos em que se iria meter o indivíduo que iria acasalar com a Gracinda no próprio dia dos namorados? Ui, que dor de cabeça! Mas pronto, confesso que ainda não percebo a finalidade deste dia, nem para um lado nem para outro!

Uma coisa é certa, acho que esta ideia da celebração do dia dos namorados não deve ter partido da cabeça de uma mulher. Um dia que exija ao homem, amor, carinho e romantismo redobrados e uma total atenção ao sexo oposto? Isso elas exigem-nos todos os dias, não fazia sentido quererem criar tal coisa. A menos que quisessem um dia com aquilo tudo, mas ainda com uma prenda, um jantar num restaurante digno e uma flor do indiano! Aí já acreditava que tivesse sido mão feminina por trás deste rasgo de criatividade! Mas eu cá aposto que foi um rabeta!

Quem se aproveita destas coisas são sem dúvida os comerciantes, incluindo o senhor indiano das flores! Chegamos rapidamente à conclusão que, para além de ser um dia que efectivamente não serve para grande coisa, é um dia bom para o negócio. Chegada à época, vemos todas as grandes superfícies e lojinhas de ocasião a decorarem-se com algo apelativo ao dia, quase a lembrar o Natal, mas não tão abusivo e mais patético… Para isso, eu cá acho que se deveria também criar o Dia dos Divorciados! Vistas bem as coisas, e já que o negócio entra em jogo nisto, ao número de divórcios que vão existindo por aí, os comerciantes com certeza iriam ver com bons olhos a criação deste novo dia!

Finalizando, outra das coisas que me mete uma certa confusão, ligado a namoros e casais, é a despedida de solteiro! Preparar um dia, novamente com tanta pompa e circunstância, para algo que se vai fazer várias vezes depois de casado! Hmm, não sei, é outro conceito que não me entra bem na cabeça!

Nielsen, ACNielsen

Não, não é nenhum das centenas de jogadores de futebol homónimos saídos da Dinamarca (ou melhor, que nem sequer de lá saem)... É mesmo uma empresa responsável por, entre muitas outras tarefas, realizar estudos de mercado extremamente fidedignos (e se calhar até são mesmo...).

Ora, isto serve para chegar aonde?

Como já devem ter reparado, essas duas grandes marcas de bebidas gaseificadas que são a Super Bock e a Sagres lançaram dois novos spots publicitários nas nossas caixinhas mágicas, os quais passo a apresentar:

Bem, então quem é número Um, afinal? A ACNielsen diz que é a Super Bock... Mas a ACNielsen diz que é a Sagres... Ei, mas esperem lá, isto é estranho! Vamos ver estes vídeos outra vez...

Ahhh, lá está... Os dados relativos à Super Bock dizem respeito ao ano móvel, enquanto que os da Sagres são relativos a um bimestre... Bem me parecia que aquela multidão a gritar "E se a Sagres quer ser cá da malta, vai festejar ser número Um em Portugal" (o tempo que eu levei a decifrar isto...) estava muito pouco convencida daquilo que estava a vociferar. Mas vá, feitas as contas, é um empate técnico: a mentirinha da Sagres é sempre compensada pela presença da Rita Andrade e, quiçá, do Alberto da Ponte (cheio de estilo); já a Super Bock, para além do número Um, só tem a Beatriz da Inovação & Qualidade e a Margarida da Logística... Mas mal por mal, a malta bebe das duas, não é?



P.S.: Como partidário extremamente activo de Extrema Esquerda, quero convocar uma manifestação para daqui a uns tempos em frente às instalações da SIC de modo a manifestar o meu desagrado em relação à mini-série "A Vida Privada de Salazar". É que eu vi lá uma cena em que o Diogo Morgado, que foi tão convincente no papel de Salazar que até me pareceu plágio (eheh, eu sou mesmo terrível...), pedia gentilmente à sua empregada para trazer meia dúzia de rebuçados para adoçar a boca a umas crianças... Vá lá, isto só pode ser mentira, onde é que eles foram buscar isto?

Processo a Zero

Eu confesso. Foi mais forte do que eu. Eu tentei. Era um assunto oportuno de se pegar. E vejam lá isto, eu até me esforcei mais do que o normal para tentar escrever algo acerca disto. Quem não aproveitaria o clima nacional noticioso para fazer umas larachas de mau gosto que me atire a primeira pedra! Um assunto a envolver a maior cabeça a prémio de Portugal? Vá. Não me lixem… A questão é que este foi um esforço inútil! É que depois de tudo que já vi e li, ainda não cheguei a nenhuma conclusão “definitiva” sobre o assunto. E isto de uma pessoa começar a escrever um texto sobre “ilícitos criminais pomposos” e acabar em supostas “cabalas governamentais”, para além de dar um bom argumento para uma nova série dramática americana, não abona muito a favor da boa escrita parola! Desisti. Sendo assim… Será que, no seu todo, alguém me podia explicar o que é o caso Freeport?

P.S: Peço as minhas sinceras desculpas por desiludir as pessoas que numa ou outra ocasião acreditam na minha capacidade como bom crítico de cinema!

Uma das coisas mais interessantes e estupendas que tive oportunidade de realizar no curso que tou a frequentar - Amanhar Peixe!!

É sem dúvida nenhuma algo deveras interessante. Amanhar peixe. Recomendo a quem nunca o tenha feito a ir comprar uma tesoura de podar, uma faca de peixe, um descamador, uns quantos robalos e douradas e meter mãos à obra. Nada de luvas que isso é para maricas.

Comece por pegar no dito do bicho, coloque-o debaixo de água (que ele já está morto, mas nós não somos nenhuns torturadores de animais), pegue no descamador e comece a remover-lhe as escamas... tal como se desfaz a barba, aqui o conceito é o mesmo... para tirar as ditas cujas tem que ser no sentido contrário àquele para onde elas estão viradas. Não me pergunte se estão para sul ou norte... não sou capaz de me orientar seja onde for nem que esteja de dia e tenha placas de 5 em 5 metros a indicar-me o destino pretendido!

Depois de bem descamado, está na altura de tirar as barbatanas ao bicho... os ailerons já não servem para nada, o fulano já não vai nadar em lado nenhum. Seguido este passo, segue-se o melhor... vire o bichinho ao contrário e naquela parte onde normalmente ele tem cócegas e é mais mole pegue na tesoura de podar ou na faca de peixe (fica ao seu critério) e abra uma fenda... calma, também não é preciso desfazer-lhe o bucho todo duma assentada!

Que fazer a seguir? Meta um, dois, três ou eventualmente a mão toda dentro do bicho, caso este não seja bicho, mas sim uma bicha e tenha-se portado mal em vida... remova toda a nhanha, ovas e entranhas... sim, é nojento, mas tirar catotas do nariz também e eu já o vi fazer isso no meio do trânsito caótico da cidade!!

Depois pode voltar a passar o bichanito por água para ficar mais apresentável.

E agora como está na hora de você ir ter com a sua mais que tudo, faça-se homem, abra a camisa, passe as mãos pelos pêlos do peito e já está:

• Fragrância Robalinho Pour Homme - deixa-as com água na boca. Vá por mim.

Saudações e até um dia destes!